
Por Marcelo Dantas Fagundes.
Segundo a definição do Pequeno Dicionário da Lingua Portuguesa de Aurélio Buarque de Hollanda Ferreira: " Músico: Substantivo masculino. Aquele que professa a arte da música compondo peças, tocando ou cantando; aquele que faz parte de banda, orquestra ou filarmônica, depreciativo Musiquim."
A definição é bastante clara, no entanto, se faz necessário um estudo das características que possa nos ajudar a definir melhor aquele que realmente poderá ser chamado de Músico. Costumo separar os interessados por música em grupos bastante distintos, concerteza você se enquadrará dentro de alguns deles.
Fisiologicamente falando qualquer pessoa com plena capacidade auditiva poderá ser um músico, mas na prática isso não ocorre.
Em geral, toda criança tem afinidades musicais, ora cantando, ora dançando ao som de uma melodia conhecida. A música é na verdade a primeira das artes de que a criança conhecimento. Primeiro ela ouve algum som e balança sua cabeça ou seu corpo demonstrando ter a percepção daqueles sons.O próximo passo em seu desemvolvimento será o de tentar repetir o som que ouviu, inicia-se assim o desemvolvimento da fala. Depois a Ligação íntima entre a música e a dança é acentuada quando a criança, já com uma certa firmeza física, começa a balançar seu corpo respondendo a estímulos auditivos. Cabe a seus pais a orientação musical correta, bem como a apresentação de vários tipos diferentes de música para a criança comece a perceber as variações estruturais da mesma.
Uma criança que tiver logo cedo uma orientação musical poderá, com certeza, desempenhar melhor a profissão ou o gosto pela música.
Como é inerente a todo o professor a análise do comportamento e intenção dos alunos, também eu tenho observado a postura daqueles que se dispõe a aprender um instrumento musical.
Existem aqueles que começar a estudar um determinado instrumento po influência de amigos ou de seus próprios pais, em geral não chegará ao seu término por vários motivos, desinteresse, acúmulo de atividades, desorganização, comprometimento de seus horários de estudo, preguiça física ou mental, métodos de ensino ultrapassados e desestimuladores, professores incapacitados ou até mesmo dificuldades financeiras. No entanto, esse pequeno contato com a música é muito importante para desenvolver a percepção de um modo geral e principalmente completar a educação e a cultura desse estudante. Em povos desenvolvidos como os japoneses a alfabetização de uma criança é completa, elas aprendem a escrever seu idioma juntamente com o estuda da teoria musical, para posteriormente iniciar o estudo de um instrumento de sua escolha.
Muitos estudam música até o momento de optar por uma atividade profissional, estudando então, Medicina, Engenharia, Direito, etc., o que invariavelmente os obriga a interromper seus estudos musicais. São, na verdade, apreciadores, assim como o poderiam ser de automóveis ou de um esporte qualquer. De maneira alguma a carreira de músico será ambicionada. Esses seriam classificados como amantes da música, mesmo sendo intérpretes razoáveis, eu nunca os chamaria de músicos.
É comum, em épocas de recessão financeira, que esses amantes da música retomem seus dotes artísticos, tocando seu instrumento pelos bares de sua cidade ou até mesmo lecionando música. Nesse último caso, esse jovem torna-se um professor bastante perigoso se não procurar se atualizar, pesquisar e até mesmo voltar a estudar para poder exercer com seriedade a carreira agora adotada.
Existem ainda aqueles estudantes de música que não conseguem pensar em outra coisa a não ser executar seu instrumento, estudar afinco a história e a evolução da música e suas consequências para a humanidade, escolhendo como profissão a carreira de músico. Posso garantir que esta é a verdadeira vocação musical, pois o músico está sempre em evolução, obrigando-se a estudar diariamente a fim de entender a música e suas projeções.
Em geral, escolhe-se uma determinada área da música para que se possa efetuar um trabalho mas completo, isto é, alguns dedicam-se a lecionar e tocar algumas vezes por semana, outros só tocam, ainda há aqueles que compõem, trabalhando assim diariamente com a criação musical.
A especialização hoje em dia é muito importante, ela evita o desgaste do profissional colocando-o no mercado de trabalho dirigido. Um músico completo, ou seja, conhecedor de seus limites e estudante incansável, tem pela frente várias opções de trabalho como professor, músico da noite ou de estúdio, para gravações de discos, produtor de eventos, pesquisador de novas técnicas, concertista, compositor, arranjador e muitos outros afazeres, ficando limitado exclusivamente por sua cultura e pelo seu conhecimento musical.
Quero deixar bem claro que não desmereço aquele que tem como distração, "hobby", a música; é através dele que se desenvolve todo um mercado de instrumentos e materiais diversos, difundindo e aprimorando tudo que está relacionado à música. Também esclareço que um músico profissional não é aquele que obrigatoriamente tem de frequentar uma escola de música para aprender e se desenvolver; existem vários profissionais de grande talento e prestígio que nunca entraram num concervatório, escola ou até mesmo frequentaram um curso superior, uma faculdade de música, mas, concerteza, estudaram, e ainda estudam, adquirindo livros, vídeos, partituras, discos e afins; estes são os chamados autodidatas, pessoas que desenvolvem suas aptidões sozinhas, sempre com entusiasmo e sem preconceito. Estão sempre ansiosos por novas informações que melhorarão a sua técnica e execução musical.
Bibliografia:
Tirado do Livro :
Guia do músico.
Gráfica e Editora Rodrigues Rosa
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